Após realizar este passeio pelos Objetivos Estratégicos da Carta, é preciso refletir e tomar providências importantes para adaptar e detalhar uma trilha de implementação para o município. Decida aderir à visão de cidade inteligente proposta na Carta e organize o trabalho da Administração.
1. Mobilize, organize a força de trabalho e priorize objetivos e iniciativas
Mobilize e promova discussões e ações de sensibilização sobre a Carta e sua implementação no município.
Constitua um Grupo de Trabalho com a participação das diversas secretarias do governo municipal, especialmente, que tratam da política urbana e da transformação digital. Também é importante que este Grupo inclua a representação popular, com o estímulo à participação de membros dos conselhos municipais que tratam destes temas.
Membros do grupo devem contar com o suporte de técnicos das diversas secretarias municipais. Isso vai ajudar no fornecimento de subsídios e vai fazer com que a equipe esteja melhor preparada na hora de implementar as iniciativas. Mesmo que nem todos os órgãos participem, é fundamental mantê-los informados sobre o andamento do trabalho do Grupo.
O prefeito precisa formalizar e apoiar o trabalho do grupo, que dependerá de espaço e de tempo para estudar como a Carta pode e deve ser implementada no município. A formalização deste Grupo de Trabalho demonstra respaldo institucional para o processo de planejamento e adaptação, potencializando as chances de desdobramentos e resultados positivos para o município.
É preciso também definir responsáveis por cada Objetivo Estratégico de acordo com a estrutura da prefeitura. Estabeleça espaços colaborativos e evite concentrar o trabalho em um único departamento. É importante, no entanto, que haja uma pessoa que coordene este processo. Ela deve se encarregar de articular os envolvidos e organizar as contribuições, além de reunir e uniformizar as informações para registro.
Além do estudo profundo sobre os documentos de referência e sobre os diagnósticos, o Grupo precisa estabelecer um ritmo de encontros para trocar informações, detalhar os próximos passos e ajustar o que for necessário para o bom andamento dos processos de planejamento e implementação.
As reuniões podem ser presenciais - para oficinas de trabalho, mapeamentos de atividades e outras dinâmicas de equipe; ou virtuais – permitindo a participação de outras pessoas alocadas em outros prédios/instituições.
Defina quais Objetivos Estratégicos serão priorizados e também quais iniciativas devem ser priorizadas em cada um deles Com base nesta priorização, o processo de planejamento pode avançar para definir etapas e detalhar iniciativas.
2. Sistematize o planejamento, acompanhe a implementação e siga caminhando juntos
Todos estes esforços devem ser sistematizados em um ou mais documentos. Conteúdos podem ser adicionados, como impactos esperados no município e o cronograma geral de trabalho. O cronograma é a ferramenta ideal para organizar as etapas e as iniciativas previstas, preferencialmente, separadas de acordo com os objetivos estratégicos.
Também é interessante pensar sobre uma ferramenta para monitorar aimplementação da Carta. Para auxiliar nesta etapa, existem diversas soluções virtuais e programas de acesso livre. Na implementação daquilo que foi planejado pelo GT, é importante reavaliar se os membros se mantém ou se são necessárias trocas. O importante é manter um grupo de referência sempre informado e engajado. A integração entre os temas e os setores da política urbana com as tecnologias demanda tempo e atenção contínua.
Quando a gente trabalha pensando em resultados positivos para a coletividade e para a cidade, como é o caso do trabalho nas instituições públicas municipais, é importante trabalhar junto, com planejamento e organização. Mas se este trabalho germina e se perpetua, ele vale muito mais: mais reconhecimento para quem faz e mais frutos para alimentar a sua continuidade e para quem dele se beneficia.
Registre o processo de planejamento e de execução das suas iniciativas de cidade inteligente. E continue participando, seja de forma direta, no processo de implementação destas iniciativas ou na difusão das ideias que estão por trás destas iniciativas. A Carta entendeu que os processos de desenvolvimento urbano e de transformação digital são complexos e dinâmicos, mas que se forem sempre associados, com cuidado e reflexão, potencializam a busca por cidades melhores.
Por fim, fica o reforça à ideia de que toda cidade é inteligente quando respeita o seu tempo , os seus recursos e a sua realidade e quando usa os saberes, o conhecimento e as tecnologias para buscar, junto com a sua população, o direito à cidade para todas as pessoas.